quarta-feira, 3 de junho de 2009

Momentos de pânico

Desde à cerca de 3 meses que os moradores se mantêm em alerta contra um possível abalo sísmico na zona. Regularmente vêm para a rua porque toda a casa treme e as chamadas telefónicas para as autoridades e para o Instituto de Metereologia são inconclusivas.
Ontem e hoje, viam-se grupos de moradores à porta de suas casas interrogando-se dos motivos que levavam as suas casa a não pararem de tremer por longos períodos. Chegou-se mesmo a pensar que poderia ser o efeito de mais um teste com mísseis na Correia do Norte, e que as ondas de choque se propagavam pelo interior da Terra.
O nosso sempre incansável detective de serviço, que por acaso passava no local, facilmente descobriu de onde vinham as ondas de choque: a nossa construtora de eleição em conjunto com o Instituto Superior Técnico andam com uma maquineta no 'outro muro' a criar ondas de choque, para fazer as ultimas afinações no sismógrafo, que vai passar a registar a actividade sísmica no concelho de Setúbal.
Só é pena que não tenham alertado o pessoal das redondezas, que mesmo a 200 metros do local, ainda sentem a sua casa tremer...

A maquineta que faz vibrar o bairro nunca a vi, mas o sítio onde ela anda a actuar é na zona assinalada com uma seta na foto seguinte.

Desconheço se é permitido utilizar maquinas de compactação de terrenos em areas residenciais, mas ponho as minhas mais sérias dúvidas. A vibração por longos períodos das estruturas das construções nas proximidades poderá criar instabilidades e assim comprometer irremediavelmente o equilibrio existente. Ficam as perguntas:
Se aparecerem rachas nas paredes quem as vai reparar?
Quem fiscaliza este tipo de coisas?
Nos paises ditos civilizados (e não nos paises equiparados a República das Bananas) utiliza-se a rega com àgua para compactar terrenos. É muito mais demorado, mas é uma forma de não perturbar quem tem o AZAR de morar perto de uma zona onde este tipo de gente trabalha.

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