quinta-feira, 2 de julho de 2009

Mais um aniversário...

Já passaram dois anos desde que os vários rumores que por aqui circulavam se confirmaram, quando moradores deste bairro se deslocaram ao edifício camarário, onde se encontrava a ser avaliado à já cerca de um ano o projecto 274/06, que é uma autêntica caldeirada (i)legal.

A entrada do projecto para avaliação não cumpriu os requisitos legais de aviso público no local previsto para construção, ficando os moradores da vizinhança e outros interessados inibidos de, em tempo útil, puder de alguma forma impedir que este "Muro da Vergonha" fosse construído. Em sua substituição poderia ter sido construída qualquer coisa devidamente enquadrada com a envolvente.
Para possibilitar que uma gulodice imobiliária (sempre insaciável) fosse até ao fim, mantiveram tudo no segredo dos deuses, esperando que tal 'barbaridade urbanística" estivesse aprovada e fosse assim bastante difícil inverter o rumo dos acontecimentos.
Compreende-se assim porque não teve qualquer eco, o meu pedido de audiência a 03/07/2007 (a conselho do meu advogado) com o Sr. Vereador do Urbanismo André Martins para melhor compreender o que estava em causa num projecto que os serviços me deixaram consultar nesse mesmo dia (essa reunião, depois de muitas peripécias, teve lugar em finais de Janeiro de 2008!!!) e que iria ter implicações enormes na minha vida pessoal.
Temos agora um aborto construído e outro em fase de construção e poderemos ter de esperar ainda alguns anos para que se consiga apurar quem prevaricou nas várias fases desta emblemática obra da Cidade de Setúbal e até pode ser que por milagre os culpados sejam devidamente punidos (o inquérito que Tribunal Fiscal e Administrativo de Almada instaurou, a nosso pedido, não consegui descobrir porque motivo a nossa acção principal esteve 'desviada' vários meses dos procedimentos judiciais habituais para este tipo de processos - afinal por lá é tudo boa gente!) e pelo menos se consiga demolir senão na totalidade, pelo menos parte, do "Muro da Vergonha".

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