O propósito da publicidade exterior, tal como acontece em toda a publicidade, é vender um produto, serviço ou uma ideia. Para que tal aconteça tem de causar impacto visual. Esta é a sua primeira missão, captar a atenção do transeunte de forma a fixá-lo, a retê-lo, por breves momentos, no conteúdo da mensagem. A mensagem deverá ser original e simples. Só assim estão criadas as condições para que o receptor possa receber e entender a mensagem.
(in: www.nds.ufrgs.br/Paper%20Porto%20Alegre%202%5B1%5D.pdf - pagina 6)O anunciante (Câmara Munícipal de Setúbal) tinha um determinado objectivo de marketing para esta seu produto/serviço e pelo que eu tenho ouvido, mesmo antes de ver este outdoor publicitário, o serviço é útil para quem gosta de estar a par dos acontecimentos na Cidade de Setúbal.
A frase na base neste outdoor é que me intriga, por achar que é uma grande mentira: 2008 - o ano da afirmação de Setúbal!
O que existe de novo este ano que contribua para modificar o péssimo ranking em que Setúbal foi colocada (74º lugar, precedida apenas por Nápoles e Palermo, em Itália) num estudo da Deco publicado na revista Proteste de Julho/Agosto de 2007, emergente de um inquérito que abrangeu 18 capitais de distrito do continente sobre os factores que mais influenciaram a satisfação dos inquiridos com o local onde vivem (emprego, a segurança e o combate à criminalidade, o acesso a cuidados de saúde e a habitação) tendo este inquérito sido também realizado em Espanha, Itália e Bélgica, num total de 76 cidades?
Temos várias escolhas:O que existe de novo este ano que contribua para modificar o péssimo ranking em que Setúbal foi colocada (74º lugar, precedida apenas por Nápoles e Palermo, em Itália) num estudo da Deco publicado na revista Proteste de Julho/Agosto de 2007, emergente de um inquérito que abrangeu 18 capitais de distrito do continente sobre os factores que mais influenciaram a satisfação dos inquiridos com o local onde vivem (emprego, a segurança e o combate à criminalidade, o acesso a cuidados de saúde e a habitação) tendo este inquérito sido também realizado em Espanha, Itália e Bélgica, num total de 76 cidades?
- Parque Urbano de Albarquel e as suas famosas barracas coloridas, e onde o bom senso urbanístico deveria ter levado a optar por construções em madeira;
- Programa Polis que continua envolto em polémicas e do qual, se calhar, vai-se provar num futuro muito próximo, que pelo dinheiro ali investido, poderia-se ter-se feito muito melhor;
- O nosso "Muro" da Vergonha;
- Construções actuais em Setúbal que deviam envergonhar qualquer responsável pelo urbanismo numa cidade;
- (...)
Achei deliciosa e elucidativa a intervenção do Dr. Orlando Afonso (Juiz Desembargador) no programa PRÓS E CONTRAS da RTP transmitido a 11/02/2008 sobre o tema "O que pensam os Portugueses da justiça?".
As nossas cidades vistas por quem nos visita, já que o nosso comodismo e desinteresse faz com que demonstremos a nossa total indiferença para o estado actual da maioria das nossas cidades e os comentários aos "abortos" urbanísticos alimentem somente as conversas de café.
As nossas cidades vistas por quem nos visita, já que o nosso comodismo e desinteresse faz com que demonstremos a nossa total indiferença para o estado actual da maioria das nossas cidades e os comentários aos "abortos" urbanísticos alimentem somente as conversas de café.
Dele destaco as seguintes frases:
- (...) umas cidades todas descaracterizadas e no meio de uma grandessíssima confusão (...)
- (...) Não, mais corrupção do que em Itália vocês não têm. O que vocês têm, é uma grande falta de gosto!
Como dizia o nosso Presidente da Republica Cavaco Silva, no seu discurso do passado 25 de Abril - "Vender ilusões não é a melhor maneira de fazer politica".
Assim, parem de tentar enganar os Setubalenses, criando-lhes a ilusão que estamos no bom caminho e que em breve seremos uma cidade competitiva e inovadora, com qualidade de vida e onde será agradável morar.
3 comentários:
Infelizmente, temos o Polis que merecemos...
pedro
Ao sr. "anónimo", não acho que a culpa seja dos setubalenses, oiço muitas vezes essa frase quando se fala do pólis, mas diga-me lá que mal é que fizemos para merecer isto?
É certo e sabido que o pólis englobava muito mais coisa do que uns simples lugares de estacionamento e umas árvores plantadas na Avenida Luisa Todi, mas como se viu em todos os debates que houveram sobre o assunto, a maioria dos setubalenses sempre se preocupou mais em que nada disso fosse a avante, apenas pela simples razão do "porque não". É aquilo a que eu chamo comodismo: se fazem é porque fazem, se não fazem é porque não fazem.
Nem se deu uma chance ao projecto. Logo, tem-se o polis que merecemos.
pedro
Postar um comentário