Em tempo de crise temos de ser poupadinhos. Deve ser essa a justificação para dando uma no cravo e outra na ferradura, vermos o carregamento das placas e pilares do outro muro, a ser feito dentro de todas as normas e civismo, a partir da Avenida Belo Horizonte, com uma das faixas cortadas ao trânsito e autoridade policial no local. Uma prática bonita e recomendável para não perturbar a envolvente residencial deste novo mamarracho de Setúbal com vista para o rio Sado.
Contudo, isto trás encargos adicionais, mas como a relação com a vizinhança é excelente, também os vemos com todo este aparato nos acessos a um conjunto de garagens nas imediações. O barulho associado é enorme, mas os moradores compreendem que estamos no fim do mês e o dinheiro começa a escassear por todo o lado. Somente o dono de duas das garagens é que não gostou da brincadeira e já pediu por via judicial uma indemnização por prejuízos inerentes às dificuldades de acesso às mesmas.
No entanto, o coração da maioria dos moradores é grande, e estão sensibilizados para as dificuldades que os responsáveis da obra estão a viver, (frequentemente os seus trabalhadores se lamentam nos cafés das redondezas, que estão com os ordenados em atraso TRÊS a CINCO meses) mesmo que para isso tenham de sair de casa durante o dia e só possam abrir as janelas ao domingo, já que o sábado também passou a ser um dia normal de trabalho.
Já no “Muro” da Vergonha que também passou por uma tremenda crise financeira, assisti a uma ‘espera’ dos trabalhadores da obra no Verão passado, que se prolongou noite dentro, em que os muitos trabalhadores se aglomeraram junto à entrada principal da obra, esperando e desesperando, pela chegada do dinheirinho, proveniente do seu suor.
Em tempo de vacas magras, temos de ser uns para os outros.
Já no “Muro” da Vergonha que também passou por uma tremenda crise financeira, assisti a uma ‘espera’ dos trabalhadores da obra no Verão passado, que se prolongou noite dentro, em que os muitos trabalhadores se aglomeraram junto à entrada principal da obra, esperando e desesperando, pela chegada do dinheirinho, proveniente do seu suor.
Em tempo de vacas magras, temos de ser uns para os outros.
Um comentário:
e as mentirsa continuam
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