Hoje celebra-se o Dia Mundial de Combate à Desertificação. Não seria objecto de análise neste blog de as entidades públicas e privadas com quem discordados não estivessem directamente ligadas ao que segundo estudiosos do assunto recomendam.
Esta parte do artigo que retirei do site referenciado abaixo, mostra algumas das preocupações que o assunto suscita.
Esta parte do artigo que retirei do site referenciado abaixo, mostra algumas das preocupações que o assunto suscita.
"A área florestal portuguesa vai regredir 1% ao ano a partir de 2020 se continuar a ser feita uma gestão "inadequada", alertou hoje o fundo mundial para a conservação da natureza WWF. Um relatório da organização, divulgado no Dia Mundial de Combate à Desertificação, dedica especial atenção ao sobreiro, que é considerado uma barreira à desertificação devido ao seu papel na prevenção da degradação dos solos."Em 2020, num cenário de gestão florestal inadequada das florestas de sobreiro, vai ser uma realidade o avanço da desertificação a uma taxa superior a mil metros quadrados", lê-se no documento.
A WWF defende que para combater a desertificação é "essencial" utilizar o sobreiro como espécie prioritária, mantendo a sua mancha de distribuição, mas também a sua densidade, que tem diiminuído nos últimos anos.(...)
A WWF acredita que a manutenção do sobreiro na mancha de distribuição tradicional a sul do Tejo e a sua expansão para Norte são "as soluções" e que, pelo contrário, a regressão do sobreiro arrastará a desertificação.(...)"
A WWF defende que para combater a desertificação é "essencial" utilizar o sobreiro como espécie prioritária, mantendo a sua mancha de distribuição, mas também a sua densidade, que tem diiminuído nos últimos anos.(...)
A WWF acredita que a manutenção do sobreiro na mancha de distribuição tradicional a sul do Tejo e a sua expansão para Norte são "as soluções" e que, pelo contrário, a regressão do sobreiro arrastará a desertificação.(...)"
Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Setúbal em 02/04/2008 e pela intervenção do Sr. Vereador André Martins podemos ver que esta parte oriental da Cidade vai sofrer grandes alterações a nível urbanístico:
"(...) O Protocolo que estabeleceram com o INH, o actual IRU, para elaboração de um plano estratégico, para a área do PIS, era considerada uma área muito grande, que se encontrava em branco, o que significava em termos de ocupação do solo e em termos de ordenamento do território, que existiam decisões avulsas em relação à ocupação daquele território. O Plano estratégico para a área do PIS o IRU estava em vias de ser lançado em concurso, por isso, esperavam que num prazo de quatro meses estivesse concluído o plano estratégico, que contribua significativamente para uma área de expansão da Cidade de Setúbal, sendo extremamente importante para informar o Plano Director Municipal. (...)"
O que agora é uma espécie de pulmão da cidade, com algumas manchas de sobreiros poderá dentro de poucos anos ser uma zona possivelmente de um 'mau betão'.
O nosso exemplo pode contribuir para que do plano estratégico para a área do PIS possa advir uma mais valia para a Cidade, nos terrenos que foram na sua maioria expropriados para fins sociais. Deseja-se que ao invés da construção de bairros sociais que proliferam na zona e que promoveu a “guetização” urbana, não venham agora a ser construídos condomínios fechados que são a resposta contrária à mesma visão do problema mas desta vez promovida pelos “ricos”.
A fronteira do PIS acaba precisamente no "Muro" da Vergonha e o que é referenciado como 'decisões avulsas em relação à ocupação daquele território' só vem confirmar que o PIS foi até aqui um saco grande onde couberam muitas decisões sem qualquer visão global.
Se não pensarem também que esta zona faz uma espécie de tampão com a zona industrial da Cidade que continua em expansão, poderemos ter dentro de uma década os novos moradores em conflito com as unidades industriais alegando maus cheiros e níveis elevados de poluição atmosférica.
Voltando aos sobreiros, o "Muro" Vergonha 2 vai se construído num local onde existe cerca de uma dezena de sobreiros. Estes já estão marcados para abate. Oportunamente foi referido aqui e feita uma participação às entidades competentes, que ficaram de acompanhar o caso em concreto (a denúncia ficou registada com o n.º 3289/07 da Linha SOS Ambiente e Território do SEPNA/GNR).
Hoje é uma dezena que é abatida para dar lugar a betão, para o ano são mais 50, a seguir 100 ..., hipotecando assim a qualidade de vida das gerações futuras em nome de um progresso que se calhar não é digno desse nome.
Se não pararmos para pensar, poderemos dentro de algumas décadas andar a passear pelas redondezas de camelo (nessa altura até já nem deve haver petróleo), dando assim razão ao Ministro Mário Lino
O nosso exemplo pode contribuir para que do plano estratégico para a área do PIS possa advir uma mais valia para a Cidade, nos terrenos que foram na sua maioria expropriados para fins sociais. Deseja-se que ao invés da construção de bairros sociais que proliferam na zona e que promoveu a “guetização” urbana, não venham agora a ser construídos condomínios fechados que são a resposta contrária à mesma visão do problema mas desta vez promovida pelos “ricos”.
A fronteira do PIS acaba precisamente no "Muro" da Vergonha e o que é referenciado como 'decisões avulsas em relação à ocupação daquele território' só vem confirmar que o PIS foi até aqui um saco grande onde couberam muitas decisões sem qualquer visão global.
Se não pensarem também que esta zona faz uma espécie de tampão com a zona industrial da Cidade que continua em expansão, poderemos ter dentro de uma década os novos moradores em conflito com as unidades industriais alegando maus cheiros e níveis elevados de poluição atmosférica.
Voltando aos sobreiros, o "Muro" Vergonha 2 vai se construído num local onde existe cerca de uma dezena de sobreiros. Estes já estão marcados para abate. Oportunamente foi referido aqui e feita uma participação às entidades competentes, que ficaram de acompanhar o caso em concreto (a denúncia ficou registada com o n.º 3289/07 da Linha SOS Ambiente e Território do SEPNA/GNR).
Hoje é uma dezena que é abatida para dar lugar a betão, para o ano são mais 50, a seguir 100 ..., hipotecando assim a qualidade de vida das gerações futuras em nome de um progresso que se calhar não é digno desse nome.
Se não pararmos para pensar, poderemos dentro de algumas décadas andar a passear pelas redondezas de camelo (nessa altura até já nem deve haver petróleo), dando assim razão ao Ministro Mário Lino
3 comentários:
Ó robin, porque é que estás tão preocupado com os sobreiros?? tás com medo de ficar sem bolotas para comer?? não te preocupes o que não falta para ai é ração
Caro Anónimo,
Essa foi extremamente infeliz.
Isto aqui não é só dizer mal por dizer. Há que o dizer com tino, ok?
Abraço
pedro
ó anonimo 2, vai ver se eu estou ali
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