Desde a revolução de Abril que Setúbal foi associada a uma cor – o vermelho. “Setúbal, cidade vermelha”, foi a frase célebre da autoria do jornalista Rogério Severino que correu o país e o mundo.
O distrito de Setúbal, grande bastião da classe operária portuguesa pois era aqui que se concentravam as grandes indústrias do país, viveu nesta cidade momentos conturbados próprios de um período revolucionário dizendo-se na altura que quem mandava aqui era o PCP.
O distrito de Setúbal, grande bastião da classe operária portuguesa pois era aqui que se concentravam as grandes indústrias do país, viveu nesta cidade momentos conturbados próprios de um período revolucionário dizendo-se na altura que quem mandava aqui era o PCP.
"No primeiro dia de Junho de 1974, Setúbal assistiu atónita ao içar da bandeira da então União Soviética no mastro principal do edifício da Câmara Municipal. Um acto atribuído à Comissão Administrativa, onde predominavam elementos do PCP, e que colocou alguns sectores da sociedade em polvorosa."
Extrato do artigo - MFA e Governador demitem Câmara de Setúbal
Com a estabilização do país e olhando para trás, podemos dizer que, Setúbal como cidade perdeu muito porque continuou a ser chamada de cidade vermelha. Anda hoje se fala nela dessa maneira e a cidade viu passar ao lado muitas hipóteses de investimentos, que não vieram para cá porque os investidores tiveram receio de apostar num local onde as greves eram frequentes.
Longe desses tempos conturbados e com um executivo camarário bastante criticado, os setubalenses deram à CDU em 2001 uma oportunidade para tentar mudar o rumo dos acontecimentos na pessoa de Carlos Sousa, que trazia uma boa imagem da Câmara Municipal de Palmela.
Por culpa própria ou por não ter conseguido levar a bom termo o seu projecto para a cidade devido a acontecimentos vários, foi substituído no cargo pela actual Presidente Maria das Dores Meira.
O Partido Comunista Português que me merece o maior respeito enquanto partido político, tem em lugares de destaque na autarquia desta cidade (onde se vive um ambiente de cortar à faca, segundo quem lá trabalha), pessoas que já não se identificam com um partido ou uma ideologia, mas que se confundem numa enorme e obscura classe política cada vez mais sem valores, opinião não muito diferente da exposta por um grupo de militantes comunistas em carta enviada ao secretário-geral do PCP, aos deputados do PCP por Setúbal, à presidente da câmara e ao coordenador da concelhia de Setúbal do partido, segundo noticia publicada no jornal “O Setubalense” no passado dia 04.
As ideias e os projectos actuais estão tão virados para os interesses económicos, que dificilmente se podem conotar com a ideologia de um partido virado essencialmente para questões sociais e laborais e com ‘anticorpos’ contra os grandes grupos económicos.
É caso para dizer que a cidade vermelha está agora desbotada!
Longe desses tempos conturbados e com um executivo camarário bastante criticado, os setubalenses deram à CDU em 2001 uma oportunidade para tentar mudar o rumo dos acontecimentos na pessoa de Carlos Sousa, que trazia uma boa imagem da Câmara Municipal de Palmela.
Por culpa própria ou por não ter conseguido levar a bom termo o seu projecto para a cidade devido a acontecimentos vários, foi substituído no cargo pela actual Presidente Maria das Dores Meira.
O Partido Comunista Português que me merece o maior respeito enquanto partido político, tem em lugares de destaque na autarquia desta cidade (onde se vive um ambiente de cortar à faca, segundo quem lá trabalha), pessoas que já não se identificam com um partido ou uma ideologia, mas que se confundem numa enorme e obscura classe política cada vez mais sem valores, opinião não muito diferente da exposta por um grupo de militantes comunistas em carta enviada ao secretário-geral do PCP, aos deputados do PCP por Setúbal, à presidente da câmara e ao coordenador da concelhia de Setúbal do partido, segundo noticia publicada no jornal “O Setubalense” no passado dia 04.
As ideias e os projectos actuais estão tão virados para os interesses económicos, que dificilmente se podem conotar com a ideologia de um partido virado essencialmente para questões sociais e laborais e com ‘anticorpos’ contra os grandes grupos económicos.
É caso para dizer que a cidade vermelha está agora desbotada!
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