terça-feira, 19 de agosto de 2008

O fermento

Portugal aparece agora em tudo que é noticia a nível de inovação tecnológica.
O nosso Primeiro-ministro não se cansa de o afirmar regularmente nas cerimonias protocolares ligadas a novos investimentos na área das novas tecnologias:
  • (...) Queremos estar na fronteira tecnológica e modernizar o nosso país. É isso que o plano tecnológico está a fazer e é esse o caminho que queremos seguir (...)
  • (..) este investimento vem dar mais confiança à nossa economia e demonstra a qualidade dos nossos recursos humanos e as nossas competências. É um desafio importante também a nível de empregabilidade, o que é determinante para o futuro do país(..)
Dentro de uma década, quando os alunos de todos os níveis escolares que agora estão a receber o seu portátil ao abrigo do programa Novas Oportunidades, tiverem entrado no mercado de trabalho, ninguém nos irá igualar certamente em número, no respeitante a novos avanços e descobertas a nível tecnológico.
Na recta final dos Jogos Olímpicos de Pequim, é com alegria que vemos em letras gordas na comunicação social Speedo LZR RACER - Michael Phelps veste «Made in Portugal».
Os fatos utilizados pela maioria dos nadadores nos Jogos Olímpicos de Pequim, envoltos em alguma polémica pois vieram revolucionar o mundo da natação ao mais alto nível, resultaram de um processo de desenvolvimento conjunto da Speedo, NASA e do Instituto Australiano de Desporto, sendo fabricado em Portugal, na Petratex, uma unidade têxtil de Paços de Ferreira.(+)
Não querendo rivalizar com a cidade nortenha, o nosso bairro que também já tinha tido o seu destaque no início do ano, (por termos sido pioneiros a nível mundial no primeiro edifício auto-suficiente a nível energético e de abastecimento de água potável, bem cada vez mais escasso), aparece novamente na vanguarda da construção civil. Como fazer um edifício crescer sem usar mais cimento?
Resposta simples, qual ‘Ovo de Colombo’, basta juntar um pouco de fermento na altura da betonagem, que é vê-lo a crescer dia-a-dia.
Não podemos pois chamar mentirosa à funcionária dedicada da Câmara Municipal de Setúbal, que compilou toda a informação referente aos dois projectos que nos atormentam, pois esta baseou-se somente na informação disponibilizada pelos vários departamentos/divisões envolvidos, e que oportunamente publicamos.
Assim, quando ela em jeito de conclusão afirma que:

- que o edifício a construir no alinhamento da banda já edificada sobre a Av. D. Manuel I só terá 6 pisos, dos quais 5 para habitação e um para estacionamento e comércio, acrescendo que, dado o acentuado declive da avenida, a cota da sua cobertura será inferior à que se verifica no prédio imediatamente a norte.

não contou com esta descoberta também pioneira, que de certeza vai levar bem longe o nome da construtora, o nosso bairro, Setúbal e PORTUGAL!

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